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O cotidiano no CIEI

  • Foto do escritor: Residência Pedagógica
    Residência Pedagógica
  • 11 de fev. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de abr. de 2019

A escola que um dos grupos residentes da UFSB acompanhou desde agosto de 2018 e que até o momento acompanha é o CIEI, O Complexo Integrado de Itabuna, que em 2016 deixou de ser o Colégio Estadual Dona Amélia Amado e passou do ensino regular para se tornar uma escola de tempo integral com uma proposta pedagógica diferenciada. A escola passou a ser o que é hoje através de uma parceria entre Secretaria de Educação do Estado da Bahia com a Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB.

O espaço é um ambiente amplo e cheio de possibilidades. O contato com o natural é constante no ambiente externo que é bem arborizado e provido de toda sorte de insetos e alguns outros bichos pequenos. Os estudantes lidam com naturalidade ao lugar. Alguns pareciam indiferentes a ele como a qualquer outro lugar, outros pareciam curtir. Durante todo intervalo entre as aulas, se espalhavam pelo espaço, sentados pelo chão, encostados nas árvores ou deitados na grama.

O momento de entrada dos residentes na escola era exatamente o momento em que estavam em andamento as inscrições para as Estações do Saber. Alguns estudantes demonstravam dúvida. As estações tratavam temas atuais diversos e temas pontuais.

A rotina escolar, tomava novas formas com o momento. Durante a manhã, seguiam a nova grade de aulas. No início da tarde, as salas estavam vazias e os corredores cheios. Descontraíam até o momento da estação inscrita. Boa parte das aulas que eram no outro prédio, contavam com o apoio de professores que acompanhava o deslocamento dos estudantes. Nessas aulas, os primeiros a chegarem sempre eram os professores instrutores, nas oficinas que aprendiam com parceria de outra instituição de ensino; os estudantes iam chegando aos poucos, até que a professora chegava com a maior parte. O som do ambiente mudava e a sala, que era silêncio, logo se enchia de gargalhadas e conversinhas. A produção se desenvolvia bem, havia um ritmo em cada estação. O comum era um desempenho sempre lento de início, até que o movimento envolvesse e todos se apressassem para ir para casa.

No período noturno, o clima do ambiente toma outro tom com a presença dos jovens adultos. Nos corredores, ainda é possível notar brincadeiras e gargalhadas, no entanto com menor fluxo em relação ao dia. São classes, em sua maioria, de estudantes trabalhadores - registrou-se uma forte migração de estudantes do diurno para o noturno após a mudança para o modelo integral. Os professores relatam que tentam ao máximo colaborar com a aprendizagem dos alunos. É visível. Embora haja uma aproximação ainda maior entre o cotidiano e o conteúdo, a participação nem sempre tão frequente. Os motivos, inúmeros; desde aquele que acordou muito cedo, até aquele que não tem mais ânimo pro que virá.


- Por Dâmaris Da Hora

 
 
 

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